Raid BTT “Arruda-Atlantico” 2009
Cerca das 8.15 , hora a que nos tínhamos proposto por em marcha estávamos a iniciar a nossa Travessia.
As primeiras dificuldades surgiram ao Km 5 ou 6 onde as primeiras subidas, foram acompanhadas por algum nevoeiro e uma ligeira brisa da manhã, que compensava o “calor” das subidas.
Engano aqui engano acolá , porque a malta anda depressa e os GPS’s ainda não tinham ainda adquirido o ritmo, lá apanhamos as primeiras descidas técnicas e as primeiras dificuldades. Na primeira descida digna desse nome o Morgas resolveu entrar a matar num rego e do pequeno tombo nada resultou a não ser a manete do travão ter-se soltado, o que obrigou à 1ª paragem técnica.( Aqui apareceram 2 moto 4 e pensámos que era o Tomac )
Sobe e desce, mais sobe do que desce, apanhámos de tudo, singles, estradões entre vinhedos e pomares, subidas com pedragulhos, silvas ( eu que o diga ) descidas com regos e areia, cascalho, eucaliptos deitados no chão que nos fizerem pegar nas meninas, e tudo isto com algumas subidinhas com cerca de 25 º de inclinação que quase todos amarinharam. (Tudo pedalava na maior)
Conversa aqui conversa acolá , chegamos ao litoral onde fizemos um single espectacular à beira da Arriba, com vista soberba sobre a Praia e comemos umas boas bifanas em Santa Cruz. Por essa altura já levávamos cerca de 55 Km.
Após a refeição saímos de Santa Cruz e a coisa foi difícil até apanharmos o ritmo.
Belos estradões que compõem uma “Eco Pista” que aquela gente, e bem, resolveu fazer naquele local. Rolávamos a cerca de 20 e 25 Km quando a minha câmara do meu pneu da frente resolveu começar a vazar. Ainda nos lembrámos do Rock e do Júlio com os seu tubless, mas lá tivemos que fazer a 2 ª paragem técnica. O Naz aproveitou para se sentar, pois o esforço era muito, mas ainda assim ajudou a vazar a dita e com a ajuda dele e do Morgas lá substituímos a coisa.
Linha do comboio para lá linha do comboio para cá, single espectacular que designámos por “single do canal” por sinal um bocadinho melhor e mais longo do que o Single do Mosteiro, zonas termais com Edifícios bem cuidados e lá apareceram as primeiras subidas do regresso, isto quando já alguém dizia que levávamos 1400 m de acumulado.
O calor apertava quando iniciámos a última subida , parte em alcatrão mas que acabava num sítio espectacular com uma Igreja no cimo, e onde todos os Companheiros ao chegarem agradeceram tê-lo feito em boas condições ( à parte do empeno que alguns, incluindo eu, já começavam a sentir) . Certamente que há fotos do local .
Mais uns moinhos lá bem no alto , brutais descidas e mais algumas subidas e estávamos perto de Arruda, eis que a câmara do pneu da frente do Morgas resolveu começar a vazar e vai de efectuar a 3ª paragem técnica.
Depois disso foi praticamente descer até Arruda e é nessa altura que, já em Arruda, o Naz surpreendeu a Malta, pois resolveu dar mais duas voltas a Arruda, provavelmente em Single Speed o que deixou a todos deveras preocupados pois o homem tinha desaparecido.
Enquanto isso houve alguém que negociou um belo de um banho nos Bombeiros, com água tépida/ fria até que o Naz resolveu aparecer. Acabámos bem com um prego e umas bebidas recuperadoras num local de gosto duvidoso, não pela qualidade da refeição, mas mais pelo Clube que representa.
Tenho a agradecer a todos pela companhia e em particular a cada um :
– Biscas, porque não deixava descansar ninguém o homem vai sempre a falar e a tirar fotos, e agora a sério, também pelo cuidado que sempre demonstrou como o meu “tendão” ( a final o gajo aguentou ) ;
– Camalaca por ter sempre acompanhado a malta com a sua boa disposição ;
– Froids, pela experiência demonstrada neste tipo de percurso e pela forma como nos guiou com o GPS, e ainda, pelas fotos e filmes que admito virem a confirmar o relato acima;
– Morgas, pelo ritmo imposto e também pela orientação dada pelo seu GPS
– Naz , pela Força demonstrada e pela sempre boa disposição;
– “Penetra” ou “Gajo” ( individuo que sem nos conhecer de lado algum se colou ao pessoal – apelidado também de Mister X ) que acompanhou a malta do principio ao fim, com um GPS que se enganava bastante porque o homem ia sempre à frente a puxar pela Malta, pela boa disposição e pelas histórias das “Fazendas”, e pela negociação do banho nos Bombeiros.
Boa semana.
Eu vou descansar o tal de Aquiles."
2ª Maratona “Rota da Sopa da Pedra”
Passeio Rural BTT – Vila do Conde
Velha Lisboa
Uma voltinha pequenina, com pouca maralha, mas muito divertida. O "habitué"!
Algumas subidinhas, muitas escadinhas, ginginha e pastel de bacalhau pelo meio, mais umas subidinhas e mais umas escadinhas.
Uns "singles" e "trilhos" porreiros com muitos turistas a passear. Ficavam incrédulos!
As "velhas" de Lisboa, essas sempre bem dispostas!
Haaa! Esperem, houve mesmo um single, daqueles "a sério", de terra batida e tudo. E isto bem no coração da Cidade!
Rota do Patrimonio
Arrabida75
Procurei na pasta dos Projectos, aquela onde moram os tracks GPS que pretendo algum dia completar, – há lá de tudo e para todos os gostos, trilhos e caminhos desde norte a sul de Portugal, incluindo outros fora fronteiras – procurando por algum que reunisse as condições para satisfazer as minhas necessidades.
Essa pastinha guardava preciosamente um track do Leonix, apregoando 75 quilómetros pelos melhores trilhos e single-tracks que a belíssima serra da Arrábida tem para oferecer. Entre este e o “S3K” da autoria dos PedraAmarela pendiam os pratos da balança. Mas como Sintra conheço bem, a Arrábida levou a melhor sobre a escolha. E embora com um acumulado mais humilde e de menor quilometragem não deverá certamente ficar a dever muito, em dureza e tecnicidade, ao track desenhado pelo grupo sintrense.
Eram 10h30 quando comecei a pedalar, já tarde é óbvio, saindo desde o largo da rodoviária de Palmela direito ao Single do Castelo que começava lá mais em cima, seguindo através de um bonito jardim para lá chegar. A subida para chegar de novo à vila haveria de ser feita pela subida de calçada romana, contornando toda a encosta sul do castelo.
Tinham inicio as hostilidades.
Local de inicio…
Single-track do Castelo…
Encosta sul do castelo de Palmela a subir pela calçada romana.
Sigo depois pelo Caminho dos Moinhos na direcção da serra do Louro.
O tempo estava porreiro. Soprava de norte um vento forte, mas que trazia consigo uma frescura que amainava o dia quente que se fazia sentir. Felizmente, o dia manteve sempre estas condições tendo-se mostrado realmente favorável, inclusive com algum vento pelas costas em algumas circunstâncias providenciais. Claro, e de frente noutras!
No Caminho dos Moinhos…
Umas antigas ruinas…
Faço a primeira paragem depois da subida Zig-Zag para comer e fazer outra coisa que me vinha a apetecer já há um bocado. Uma mija valente!
Passo pelo Moinho do Cuco e por mais um moinho, este, embora bastante degradado, ainda mantém a sua construção de pedra original. Passo ainda pelo Fim do Mundo e desço até cruzar a estrada nacional.
Adiante encontro a subida que dá pelo nome de Up Azeitão e acabo por entrar num single muito divertido com umas enormes lajes de calcário e umas zonas bastante técnicas e apelativas. Até Oleiros foi um tirinho. Aí tinha possibilidade de reabastecer de água que acabei por não fazer. Esperava almoçar na Comenda e lá haveria nova hipótese de conseguir o precioso líquido.
A chegar ao Moinho do Cuco…
Construção ainda original…
Subida Up Azeitão…
Um trilho bastante divertido antes de Oleiros…
De passagem por Oleiros…
Depois da povoação de Oleiros haveria de conhecer o tão famoso trilho da Falésia. Um single que percorre uma pequena falésia calcária com pouco mais que 300 metros de extensão. Uma pérola. Sem dificuldades de maior a não ser a sua exposição é realmente uma pequena delicia.
Mais à frente acabo por sofrer uma pequena queda, numa zona que já conhecia. Uma escorregadela e num ápice estava a deslizar descida abaixo, lateralmente, resvalando pelo chão uns metros. Ainda parvo, olho para cima e falho em perceber o que me fez cair. Enfim, azelhice ou distracção, o que é facto é que estava no chão. Sacudo-me e enquanto levanto a bike procuro os danos da minha escorregadela. Não encontro nenhum.
Vistas desde as imediações do Trilho da Falésia…
Trilho da Falésia…
Trilho da Falésia…
O Carrossel surge depois de uma curva. Terrivelmente vincado no início por uns sulcos enormes e muito fundos, acabou por ser um pedaço de caminho bastante divertido. Um verdadeiro carrossel de sobe e desce. Um ondulante rompe pernas que me transporta, intervalado com mais uns quilómetros de caminhos, até ao Velho das Saias. Um caminho formado por um túnel de vegetação, não desprovido de zonas técnicas com passagens de pedras com curvas apertadas e sinuosas, sempre resguardado à sombrinha, sempre a descer. Bem, quase sempre.
No inicio da subida de empedrado que o track marcava como Morena, ou Categoria, – fiquei na duvida – pensei que seria sempre a dar-lhe pois o bom piso assim o apregoava. Mentira, acabo por apear logo depois da primeira curva para deixar os pulmões restabelecerem o seu ritmo normal, debaixo de uma sombra do caminho. Volto a montar, mas volto a parar novamente no topo da dura rampa. Encostei-me, literalmente, a um pinheiro e aí descansei o suficiente para que os pulmões não saltassem cá para fora – tenho que deixar mesmo de fumar. – Mas como sempre, uma subida antecede sempre uma descida, que deu novamente pouco espaço para descansos.
Trilho Carrossel…
Velho das Saias…
No inicio da Morena…
O Single do Outão, aparece do outro lado da estrada, reconheci-o de outras andanças. Mas hoje custou-me mais do que nas anteriores passeatas. Fi-lo devagar, devagarinho, sem pressas. Este pequeno trilho, apesar de fácil tem umas zonas muito belas e mantém uma vista avassaladora uma vez chegado ao fim da primeira secção.
A fome já apertava e já só me lembrava da sandocha de presunto e queijo da serra – da Estrela, claro – que trazia na mochila. Já tinha comido os pêssegos que trazia, já tinha comido algumas barritas e especialmente já tinha bebido 3 litros de água. O meio litro do cantil, – com o sumo do Hulk – já havia ido e dentro do camelbak restavam somente umas goladas. Começava a tornar-se urgente chegar ao parque de merendas da Comenda.
Sentindo o camelbak vazio nas costas, continuei a pedalar, não tinha outra escolha, mas sabia que ainda teria pela frente uma subida com um nome pouco promissor. A subida das 3 Etapas. E que puta subida. Dura e longa, terrivelmente empinada e técnica nalgumas zonas. Eu desmontei assim que lhe percebi a cor. As forças iam-se esgotando e achei por bem facilitar um pouco a coisa e ir empurrando a bike monte acima. Foi duríssima na mesma. Não faço ideia da inclinação daquela 2ª etapa mas era da família das denominadas na gíria por “paredes”. Eu arriscaria ser mesmo um parente muito chegado! Facilmente acima dos 15%, garantido.
Single do Outão…
Single Maravilha…
Uma outra zona do Single Maravilha…
No principio da subida das 3 Etapas…
Apeado e arfando forte a meio da 3 Etapas. A mais dura secção…
Mas tudo tem o seu tempo e o das 3 Etapas havia culminado. Encontrava-me agora numa zona com vistas privilegiadas sobre Tróia, Setúbal e sobre o estuário do Sado… Via inclusive os verdes ferrys que fazem a travessia Setúbal-Tróia, tão pequeninos vistos daqui de cima que parecem de brincar. O caminho é uma pista de terra vermelha rapidíssima que através de uma suave ondular pela cumeada me leva à tão ansiada área de lazer e de merendas. Mais uma curta descida e chego à Comenda!
Enchi o bandulho com o que trazia de casa. Comprei duas garrafas de água de 1,5 Litros e uma torta – que apesar de aparentar ter mais de 15 dias, tinha açúcar e serviria como sobremesa. Comprei mais um sumo, depois de ter pedido uma Coca-cola e me ter sido dito que: “Infelizmente, não temos.”
Sentei-me numa das mesas que ocupam o espaço. A paragem demorou pouco mais de uma hora. Antes de zarpar comprei mais uma pequena garrafa de 0,5L para preparar nova dose de bebida energética e depois de fumado o cigarro da praxe pus-me finalmente a caminho.
Caminho rapidissimo com optimas vistas…
Sempre a rolar…
A peninsula de Tróia…
Já no parque de merendas da Comenda…
Comenda…
Até tem uma pequena praia. Não fui a banhos pelo adiantado da hora. Bem que apetecia…
Os trilhos perdem-se mais ou menos à cota, permitindo um rolar solto e rápido. Caminhos que já conhecia levam a outros que fico a conhecer, num imenso corrupio de sensações. Passo por um género de portal feito em toros de madeira, um género de portal de entrada e saída para um mundo distante, antigo. Escondido dos olhos do mundo pela densa vegetação que o envolve. Mais à frente uma avenida de Palmeiras. Depois disto, uma longa e empinada subida que me levou até à Calçada Romana. Uma calçada romana muitíssimo bem conservada. A superfície pedregosa e compacta fez o meu corpo vibrar por todos os lados. A suspensão – a da frente e a traseira – no seu curso máximo fazia o que podia por me manter confortável, mas nada houve que provasse esse facto. Todos os músculos me berravam aos ouvidos. As pernas, os braços, os pulsos, as costas. Todas as articulações e tendões do meu corpo gritavam de dor.
Quando cheguei ao local de Casal das Figueiras nem queria acreditar. Estava ainda inteiro, embora momentos antes todo o meu corpo aparentava ir-se desintegrar a qualquer instante. Abençoada subida da Tartaruga. Longa e empinada em alguma zonas, mas de piso suave e macio permitiu concentrar-me novamente e ir libertando a tensão que a descida anterior provocara. No entanto, as pernas acusavam já verdadeiro cansaço e foi sem cerimónias que parei e descansei, enquanto bebia mais uns valentes golos daquele sumo verde que trazia no cantil dentro da mochila. A água essa, desaparecia à velocidade de enormes golos de cada vez que mordia a torneirinha de borracha.
Trilhos rápidos, ondulantes e frescos…
Uma estrutura curiosa no final de um trilho…
A tal “avenida” de Palmeiras…
Mais uma subida dura de roer…
Já na Calçada Romana. Aqui ainda um prazer…
A descida final da mesma Calçada. Aqui já um verdadeiro tormento…
A subida que dá pelo nome de Tartaruga…
A certa altura, o track vira à esquerda e leva-me até à Capela de S. Luís. Numa altura propícia, diga-se. Belo o trilho, – outrora single-track, aposto – que me transportaria à capela. Uma zona mais plana e depois uma valente descida que termina num labirinto de sulcos com mais de meio metro de profundidade. Sozinho, opto pela segurança e desço a primeira parte a pé, fazendo a restante montado na bike, mas com ela dentro de um dos regos, empurrando e mantendo o equilíbrio com os pés, enquanto afrouxava a pressão nas manetes dos travões.
Contorno a capela na sua totalidade e tiro umas fotos. Puxo de uma barra que devoro enquanto procuro o melhor ângulo para mais um retrato. Daqui até à subida das 2 Cerejas foi um tirinho. Antes ainda surge o Single do Tanque à esquerda e só depois de mais uns trilhos, enfrento a dura subidazinha. Longa e empinada, foi uma das mais violentas de todo o percurso. Talvez tenha completado ¼ dela apeado.
Descida para a capela de S. Luis…
Á minha frente, alho complicado de ultrapassar montado…
Na capela de S. Luis…
Mais uma foto enquanto engulo mais uma barrita…
Todo o corpo começava a apresentar desgaste e a coordenação via-se afectada com isso. O trilho Raízes, embora bastante divertido e técnico foi palco de alguns sustos, mas nenhum com consequências. Em determinadas alturas é preferível ser adepto incondicional da gravidade e passar “depressa”, mas eu gosto de descer devagar, apreciar a dificuldade do obstáculo, medir-me com ele. Mas com o cansaço chegam dificuldades acrescidas. O equilíbrio já não é o mesmo, o corpo já não reage tão rápido como se gostaria, os instintos são abafados pelas dores no corpo.
Por isso me sabe tão bem quando chego novamente ao piso liso e macio da pista de gravilha que me leva até ao início do trilho da ½ Encosta, também conhecido como Fio Dental. Claro que antes ainda tive que trepar mais uma subida valente, mas anestesiado como já ia, pouco ou nada acrescentou às mazelas que já trazia.
Antes de me meter ao caminho pelo trilho que se abria à minha frente volto a comer e a beber uns golos do cantil. O single-track que corre a meia encosta acaba na estrada dos Barris, a qual sigo até ao desvio que me levaria à Quinta da Escudeira e à subida que ostenta o seu nome. Devo admitir que nesta altura pensei em rumar ao carro, de tão perto que estava, mas controlei-me e segui o plano inicial.
Mais um single-track…
Altura em que andei um pouco perdido…
No inicio do caminho que levava à Quinta da Escudeira…
Castelo de Palmela de novo à vista…
Nos trilhos do Downhill que acabaram com o que restava das minhas costas…
Depois de superada a Cobra, já no asfalto da vila…
Tinha pó em todo o lado. Os meus pneus eram totalmente brancos. A bike preta vinha de cor cinza-claro. Os meus dentes estavam cobertos por uma granulada camada de qualquer coisa. Quando pisei novamente o alcatrão e desci para o local onde estava estacionado o meu carro percebi o meu estado. Ao passar por uma montra qualquer vejo o meu reflexo. Uma cena fininha, magricela, com um terrível aspecto de cansado e coberto de uma película esbranquiçada que ao ser sacudida levantava uma nuvem de pó branco no ar.
Nove horas depois de partir estava de novo ali. Eram 19h20 quando encostei ao carro, depois de umas voltas ao jardim para arrefecer um pouco. Fazia muito tempo que não sentia aquele aperto inicial de câimbras e chegou a acontecer-me algures lá para trás durante a Escudeira e mesmo na descida seguinte. Depois de uns demorados alongamentos e da bicicleta arrumada sento-me finalmente ao volante. Parecia manteiga o sofá que agora tinha debaixo do rabo.
– Menos um na pasta dos Projectos!
Agora sim, podia dizê-lo em alto e bom som e apreciar o fugaz momento, pois assim que rodo a chave na ignição e o motor arranca, tudo se esfuma num ápice e a realidade apodera-se de novo de mim. Estava atrasadíssimo para o jantar, no Cacém, em casa dos meus pais.
No rádio entoava uma canção que entrava que nem ginjas no momento…
“Quando a cabeça
não tem juizo,
O corpo é que paga…
Deixa-o pagar, deixa-o pagar,
Se tu estás a gostar…”
V BTT Trilhos da Raia
Um mergulho no mar…
" Um mergulho no Mar " from Fred.Nunes on Vimeo.