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Até Sesimbra com a Santa Malta

27 de abril de 2009 Deixe um comentário
 
A Vingança das Bolas Berlim – Até Sesimbra com a Santa Malta
 
Mais uma voltinha porreira com a Santa Malta desde o Fogueteiro até Sesimbra e Bolas de Berlim à mistura…
Depois de ter ido até Sintra pedalar toda a manha de sábado, estava com algum receio de ir apanhar um tremendo empeno, porque a norma é alguns kilómetros e boas médias quando fazemos assim voltinhas maiores e não ficamos só pelo Quintal.
Esta não fugiu à regra. 67kms bastante rolantes, promovendo boas cadências e andamentos puxados e rápidos.
Mas acabei por não sofrer tanto como estava a pensar. Sendo que já trazia 1600m da voltinha do dia anterior, os 1200m de acumulado de domingo não fizeram grande estrago nas perninhas, embora esteja dorido e cansado, não é nada por aí além…
 
A Malta essa é sempre TOP!
O espirito é sempre endiabrado e a boa disposição é palavra de ordem durante todo o passeio…
 
Não tirei fotos, mas o Dfilp AkA Dário Santos tirou bastantes, fazendo um belo registo fotográfico do que foi esta Vingança das Bolas Berlim!
Aqui ficam algumas delas…
 

A malta dos Eupedalo.com!
Algures…
Antes da dura subida das Pedreiras…
Miradouro natural sobre as águas de Sesimbra…
A Malta reunida no miradouro…
Single Trail do Castelo. BBC e Morgado…
Eu algures…
Mag e Luc…
Cédric e Morgado a chegar a Sesimbra…

Reabastecimento no California Bar em Sesimbra. Bolas de Berlim 5*****, mas nunca dão para todos…
Zé Aka Velkan a esticar o pernil depois da longa subida desde o Porto de Abrigo de Sesimbra…
Tuca e Mag já no caminho de regresso…
O Júlio e eu…
O pai do Dfilp, o nosso fotógrafo e o Velkan…
Cédric Aka Tomac98 e Biscas sempre em alta!
No final dos trilhos, a chegar à estrada da Lagoa de Albufeira. Daqui em diante, asfalto…
 
Esta foto foi tirada pelo Biscas…

Eu no final do curto e técnico "Single do Gancho" no Castelo de Sesimbra…
 

Dados:
Dist: 67km
Acumulado sub: 1186m
Acumulado Desc: 1190m
Méd: 14.5km/h
Tempo Total: 5h47
Tempo Mov: 4h36
 
Track GPS:
 
A galeria completa do Dfilp pode ser vista aqui...
 
Categorias:Btt

Hoje conheci o Aladino e Athena…

27 de abril de 2009 2 comentários
 
Pois foi…
E para quem não acredita no que digo, podem saltar esta treta toda do texto que se segue e darem uma vista de olhos pelas fotos do acontecimento.
 
Sexta-feira, dia 24 de Abril fui trabalhar com a Melissa, o Gonçalo e o Paulo Marques da Naturway, numa actividade para a PT-Telecom, como monitor de Escalada.
Uma actividade igual a muitas outras que já fiz, pensei eu no início do dia, enquanto seguia o GPS até à Colónia de Férias da Verdizela, local onde iría decorrer mais este trabalhinho.
 
Pois não foi o meu espanto quando soube que iríamos ter por vizinhos o Aladino e a Athena…
 
O Aladino, o macho, é indiano, lindo! De cor amarelada e com um olhar acutilante, hipnótico!
A Athena, das estepes Africanas, de maior porte e de tons castanhos claros e escuros,  encontrava-se em repouso. O seu olhar de cumprimento aos nossos alegres "bons dias" foi notoriamente um "deixa-me dormir em paz" e assim o fizemos, pois os seus 43kg de peso não devem ser propriamente de muito fácil trato. Estava mais virada para o descanso a seguir ao almoço… 4 patos para ser mais preciso!
 
Pois foi. Conheci assim o Aladino e a Athena.
Dua gibóias daquelas que só se veêm no Discovery Channel. O Aladino tinha 35kg enquanto Athena tinha quase mais dez… Bichos fabulosos, enormes, místicos.
Sou um eterno apaixonado por este animais e estes dois foram algo que nunca pensei ter hipótese de vir a "conhecer", assim em primeira mão!
 
Fica o registo fotográfico feito pela Melissa da Naturway…
O Aladino…
Para segurar no Aladino completamente esticado foram precisas 9 pessoas lado a lado…
Mais de 1/3 do bichinho ainda está dentro do baú!
Nem imaginam a força do "menino"…
Olha lá que cena mais louca…
 
Venham mais trabalhinhos destes!
Um obrigado especial ao meu "friend" Ricardo Nascimento, pois foi ele quem, sem saber, me proporcionou um dia inesquecível…
 
Categorias:Work

O “Cape Espic” da Santa Malta

20 de abril de 2009 Deixe um comentário
"Boas malta,

Hoje foi mais uma volta ao cabo Espichel… um volta rolante com demasiado alcatrão. Mas é preciso rolar um pouco para ganhar resistencia.

5 Santa Maltenses fizeram-se aos trlhos logo pelas 7h30… tudo correu bem, alguma lama nalguns sitios mas nada de impeditivo. O companheiro Rockrider voltou um pouco mais cedo para casa e espero que o seu regresso tenha corrido bem.
Os outros 4 marmelos foram ao merecido abastecimento no Santuário e depois voltaram pelo caminho do costume. Cheguei a casa às 14h00 e com à volta de 80 km.

(…)

Abraços

Cédric"
 
Há e tal… para ganhar resistência diz ele….
73km nas perninhas… xiçaaaa
Muitos trilhos porreiros na ida que gostei muito de fazer pois nunca tinha ido de "casa" até ao Cabo Espichel. Bem fixe!
O regresso…. bem o regresso… foi…. para ganhar cadência… ehehehe 

O espírito foi o do costume! Muita galhofa, muita risada e excelente camaradagem.

O grupo (menos eu) na Lagoa de Albufeira…

A galeria de fotos completa pode ser vista aqui: BTT # SM – Cape Espic

 
Categorias:Btt

“Travessia do Sul” – A preparação

20 de abril de 2009 Deixe um comentário
 
O meu Raid "SETUBAL – SAGRES" …  A um mês do dia D.
 
O percurso deste projecto resulta da junção de três tracks distintos. O primeiro, que me levará até Viradouro é da autoria do FPCUB e o restante percurso é coincidente com as duas últimas etapas de uma das maiores provas de travessia a nível mundial. Falo naturalmente da Transportugal, organizada pela Ciclonatur e pelo Sr. António Malvar, prova essa que um dia ainda hei-de ter pernas para fazer…
 
A ideia consiste em fazer esta viagem em 4 dias de pedal, com consequentes dormidas em tenda e na berma da estrada, literalmente.
Saindo dia 21 de Maio conto chegar a Sagres, mais precisamente à praia da Marreta, no dia 24 lá pelo fim da tarde.
 
Etapa 1 : Setúbal – Adail : 104km
Etapa 2 : Adail – Viradouro : 67km
Etapa 3 : Viradouro – Aljezur : 55km
Etapa 4 : Aljezur – Sagres : 60km
 
Distancia Total: 285km
 
 
Este raid será feito em total autonomia, ou seja, de casa às costas.
Todo o meu mundinho rolará junto comigo durante estes 4 dias de total liberdade, à procura de mim e do meu espaço. Um treino fisico e mental para um desafio talvez maior.
Será também um sério teste ao comportamento do suporte e dos alforges que arranjei para fazer a Travessia Pedals de Foc. Não quero grandes/graves problemas quando estiver a 1500km de distância de casa, sozinho na imensidão dos Pirinéus.
Irei andar com muito mais peso agora, por isso se resistir estará apto para enfrentar os 4 dias de btt nos pirineus…
Estarei eu preparado?!
 
É o que conto descobrir daqui a mais ou menos um mês…
 
Para esta grande aventura vou contar com a minha velha amiga Spec! Para quem não conhece, trata-se da minha vermelhinha e endiabrada Specialized.
Bike com que já fui muito feliz durante outras luas e vivi muitos e muitos momentos de alegria genuína!
 
Será definitivamente, um regresso às "minhas origens"…
 
Mais novidades brevemente…
 
Categorias:Viagens

Happy, happy Sunday …

2 de abril de 2009 Deixe um comentário
 
Depois de mais uma semaninha de calor, eis que chega o final de semana e com ele previsoes de queda de neve e de baixas temperaturas em algumas zonas especiais neste cantinho da Europa…
 
Este é o relato de mais uma aventura em busca de neve e de condições suficientes para poder mandar mais uns "snifs" daquele maravilhoso pó branco, que tanto prazer proporciona e que tanta falta me faz!
A poucas horas de distância de Lisboa temos duas opções a considerar: Serra Nevada, no sul da peninsula e a pouco mais de 700km desde casa, e a Serra de Béjar, fria como tudo, situada a meio caminho entre Elvas e lado nenhum, distante 4h de caminho que se faz num tiro só nao fossem as quase obrigatórias paragens para gota, xixis e afins…
 
Bem, conversa à parte esta foi a nossa escolha para mais um final de semana no meio da neve.
Como de costume saímos cedo para estar em La Covatilla pelas 10h00 já prontos e de forfait no bolso! Até aqui tudo correu dentro da normalidade.
Já prontinho para pagar ambos os forfaits, o meu e o da Rita, eis que me aborda um Madrileño simpático que pronto me oferece "una invitation" de um dia, poupando-me logo ali 25€.
Excelente! Olhando a este bocejo da sorte, o fim de semana adivinhava-se cheio de snowboard…
 
Material às costas e forfait pendurado no clip próprio agarrado a um qualquer fecho da roupa, lá nos fazemos ás escadas de acesso ás pistas de La Covatilla.
Uma eternidade passou desde que pus o pé no primeiro degrau até que me fiz ao segundo. A Rita há horas que ansiava por libertar liquidos e melhor sitio não haveria realmente!
Mas como isto é mesmo assim, sai ela, logo entro eu para fazer mias do mesmo e enrolar "unos cigarritos" para mais tarde saborear no frio da telecadeira e aquecer a peitaça.
Pistas verdes, aqui vamos nós!!!
Logo aqui a primeira vitória do dia. A Catita, depois de um mortal quase encarpado, faz-se à terrível passadeira mecânica que nos levará ao topo destes brutais…. 50 metros de descida. Dois minutos de subida para vinte segundos de descida.
A Catita faz uma, faz duas, controla, sente-se à vontade e assim arrancamos para a segunda vitória do dia. A Rita na Telecadeira La Covatilla!
 
Depois de duas descidas bem conseguidas é hora de subirmos mais um pouco e para tal nada a fazer a não ser apanhar a telecadeira que nos levará ao topo das pistas principais da estância. Umas quantas vermelhas e uma ou duas azuis. Estas ultimas seriam o nosso objectivo já que é o processo natural e, literalmente, o degrau acima na evolução de quem pretende vir a ser esquiador. Primeiro as Verdes, Azuis, Vermelhas e por fim as Pretas para os experts
Talvez se o tempo assim o permitisse, se não estivesse um nevoeiro de cortar à faca e uma ventania e frescura daquelas "à antiga" a Rita tivesse conseguido perceber a diferença entre as placas de cor AZUL e as de cor VERMELHA. Assim não aconteceu e rápidamente nos enfiámos numa das pistas Vermelhas que La Covatilla tem para oferecer.
 
A Catita vai descendo tranquila, em folha, sempre a controlar, mas sempre com uma velocidade algo alta para a sua experiência…
Deixo-a seguir, mantendo a menina debaixo de olho mantendo-me na "cola" dela, dando umas dicas aqui e ali que sei que ela não ouve…
De repente uma placa de gelo.
Logo outra e mais outra, tornando-se sucessivas poucos metros adiante, tornando mais de metade da superficie da pista uma placa de gelo sólida e nua. Terrivelmente polida devido ao forte vento que se fazia sentir e que nos jogava na cara agulhas de neve impedindo uma visao clara dos obstáculos e de tudo o que nos rodeava.
Abrando um pouco e procuro melhor neve que encontro na parte direita da pista. Neve primavera, mas sem gelo e em relativas boas condições.
Grito para a Catita seguir por aquele lado. Nao me ouve e segue a direito entrando a grande velocidade em terreno pouco aconselhado e que origina muitas quedas a malta bem mais experiente.
Tomo a atitude de a ir "buscar", mas no preciso momento que faço uma viragem mais longa para ganhar velocidade a Rita parece carregar "a fundo" no acelarador.
Subitamente levanta-se sob o gume da prancha da Catita uma nuvem de pó branco à medida que esta ía acelarando pendente abaixo, sempre em folha e com movimentos perfeitamente controlados, mas a uma velocidade imprópria para cardiacos.
Á medida que acelero para me manter na "cola" da menina, vou me apercebendo que uma queda ali e àquela velocidade iria ter consequências graves. Assustei-me por momentos!
Acelero a sério, tendo que para isso colocar a minha prancha paralela à pendente, deixando-a ganhar velocidade livremente, assobiando por cima de placas de gelo seguidas umas às outras à velocidade da luz.
A Ritaça lá achou que deveria parar e assim o fez. Claro que o rabo foi ao chao, escorregando por uma boa dezena de metros até ficar a arfar no meio da pista, vermelha que nem um tomate, de pernas a tremer e nariz a pingar! Mas parou… e não caiu proprimente. 
Gostava de ver muita malta que acha que anda bem e tal passar naquela bolina e daquela maneira por cima daquelas placas ehehehehehe
Depois disto, só lhe faltava dizer que na verdade aquela não era bem uma pista Azul mas sim uma Vermelhinha.
 
Ficou maluca!
 
– "Há e tal que me matas e tal. Pistas Vermelhas, és louco e tal…."
 
Afinal, olha…
Desde que não se vejam as placas, marcha tudo!
 
Mas como tanta adrenalina faz estragos no organismo, nada melhor que um chocolate quente para repor os níveis de açucar e acalmar os ânimos…
O tempo cada vez estáva pior… Um frio impossível gritáva-nos aos ouvidos para que nos mantivessemos abrigados e no quentinho. No entanto a vontade ainda permitiu uma segunda subida, infernal, e consequente descida, quase tão dura quanto a subida.
 
A Catita repetiu a pista anterior novamente, agora já escolhendo outras trajectórias, evitando as famosas placas que se formavam no meio e metade esquerda da pista. Mais devagar, mas também mais no relax e a ouvir algumas das coisas que lhe ía dizendo. Uma queda pacifica a meio e foi tudo o que houve a reportar, fazendo deste primeiro dia excelente no que refere às prestações "snowboardescas" da Catita.
 
A meteorologia apontava para uma melhoría nas condições para domingo e por isso às 15h30 estavamos no carro rumo ao Albergue de Llano Alto, já nosso conhecido de outras aventuras por esta serra.
As compras para o lanche no supermercado de Béjar e vai de descansar um pouco antes do jantar que o dia até foi cheínho, pelo menos em emoções.
A janta foi estranha no minimo. Filetes de peixe frito acompanhado de…. Calamares fritos. A sopinha ao menos essa está sempre boa. Enfim, Espanhois!
A noite acontece com algumas abertas no horizonte embora o topo da serra se mantenha debaixo de péssimos prenûncios.
Nada de grandes espectativas na hora de dormir. Amanhã se verá.
 
Com o desayuno engolido num ápice, contas feitas e malas arrumadas saímos para a rua debaixo de neve.
Nevava quando saímos do Albergue, pouco é verdade, mas o suficiente para me deixar logo com a cabeça aos pulos e o coração a bombar duas vezes mais forte.
Se estiver mesmo melhor como dizíam as noticías e ainda por cima caindo neve fresca, as condições mudariam bastante, deixando adivinhar um daqueles dias de snowboard com powder e sol brilhante no céu azul.
 
Nada mais errado.
Escassos metros acima da povoação de Béjar, um capote de nuvens baixas, cinzentas e ameaçadoras ditava o desfecho desta aventura.
Á medida que íamos subindo metros à serra a paisagem era cada vez mais violenta. O termómetro acusava -6º e o vento deveria rondar os 60 a 80km/h.  Impossível era a palavra de ordem.
Á porta de uma estância fechada estavam sete carros contando o nosso. Cinco deles eram portugueses…
 
"Vamos ver se pelo menos nos servem um chocolate quente?" – Digo.
 
Nada feito, o local está deserto, fantasmagórico.
Desolados, renunciamos cabeça baixa aos caprichos de uma serra demasiado acolhedora para nos zangarmos com ela ou sequer dela pensarmos coisas menos bonitas. É assim mesmo e quem gosta de montanhas tem que aprender que a paciência e humildade são talvez das mais duras "conquistas".
 
Entregámos o material de aluguer e fizemo-nos á estrada de volta a uma realidade que nos acanha e nos prende os movimentos, a alma.
Mas que é nossa e que faz parte de quem somos.
E como nada nos impede de desejar já uma proxima aventura, aproveitemos os tempos livres da realidade que temos para nos perdermos e libertarmos depois, outra vez, na terra dos Sonhos…
 
Esta é sem sombra de qualquer dúvida a Serra mais fria que conheço…
Categorias:Snowboard